- Você é tradutora (com olhar de "coitada dela...")?
- Sou.
- Nossa! E estudou pra isso?
- Não. Na verdade, como nunca gostei de matemática, não passei da 4ª série...
- Nossa! E você gosta DISSO?
- Não, detesto. Faço porque me odeio.
- Trabalha em casa, hein? Que vidão!
- É, assim posso encher o saco da gata o dia inteiro. O objetivo é exatamente este.
- Puxa, mas você consegue viver disso?
- Não. É que meu pai é rico.
- Tradutora de medicina? UAU! Que irado! Então me diz aí, tô com uma dor aqui na barriga que sobe e desce, umas pontadas. Você deve entender disso, né?
- Na verdade, não entendo, não. Eu só traduzo, não leio.
- Mas você não tem um emprego de verdade?
- Não... isso é coisa pra otário. Gosto de trabalhar de camisetão e havaianas e em empresa não dá, né?
- O chato disso deve ser a perda do contato humano, né?
- Não, acho ótimo. Odeio gente.
- Ah, então dá pra você traduzir o manual do Playstation do meu filho?
- Claro, com prazer. São R$ 0,50 por palavra.
- Credo! Tão caro assim?
- Não! Te passei o preço com desconto porque você é da família, né?
- Você faz traduções?
- Não. Eu sou tradutora, o que é outra coisa. Mas faço um brigadeiro mole que é uma delícia.
- Tradutora? Mas isso dá dinheiro?
- Dá nada. Fiz voto de pobreza e traduzo de graça.
4 comments:
ahahaha... Se a gente for levar a vida assim, seremos taxados como arrogantes. Mas, às vezes, dá uma vontade de por essas respostas no ar.
bjos!
Ah, essas são as minhas respostas imaginárias! Normalmente eu só faço cara de paisagem e mudo de assunto :)
Eu um dia ainda darei respostas assim para as pessoas! Quem sabe assim elas param de me importunar????
tem outras ótimas também:
'mas se você fala e escreve tão bem em inglês, por que nao vai ser secretária?'
Post a Comment