Friday, February 27, 2009
Wednesday, February 25, 2009
Tuesday, February 24, 2009
Monday, February 23, 2009
Escrito Erótico...
Em um momento de descontração, o grande poeta Carlos Drummond de Andrade escreveu:
'Satânico é meu pensamento a teu respeito,
e ardente é o meu desejo
de apertar-te em minha mão,
numa sede de vingança incontestável pelo
que me fizeste ontem.
A noite era quente e calma e eu estava em minha
cama, quando, sorrateiramente,
te aproximaste.
Encostaste o teu corpo
sem roupa no meu corpo nu,
sem o mínimo pudor!
Percebendo minha
aparente indiferença,
aconchegaste-te a mim e
mordeste-me sem escrúpulos.
Até nos mais íntimos lugares.
Eu adormeci.
Hoje quando acordei,
procurei-te numa ânsia ardente,
mas em vão.
Deixaste em meu corpo e no lençol,
provas irrefutáveis do que entre nós ocorreu
durante a noite.
Esta noite recolho-me mais cedo,
para na mesma cama te esperar.
Quando chegares,
quero te agarrar com avidez e força.
Quero te apertar
com todas as forças de minhas mãos.
Só descansarei quando vir
sair o sangue quente do seu corpo.
Só assim, livrar-me-ei de ti,
pernilongo
Filho da Puta!'
by Meredith Gray to Lilo
"As pessoas possuem cicatrizes. Em todos os tipos de lugares inesperados. Como mapas secretos de suas historias pessoais. Diagramas de suas velhas feridas. A maioria de nossas feridas podem sarar, deixando nada além de uma cicatriz. Mas algumas não curam. Algumas feridas podemos carregar conosco a todos os lugares, e embora o corte já não esteja mais presente há muito, a dor ainda permanece. "
[...]
"O que é pior, novas feridas que são horrivelmente dolorosas ou velhas feridas que deviam ter sarado anos atrás mas nunca o fizeram? Talvez velhas feridas nos ensinem algo. Elas nos lembram onde estivemos e o que superamos. Nos ensinam lições sobre o que evitar no futuro. É como gostamos de pensar. Mas não é o que acontece, é? Algumas coisas nós apenas temos que aprender de novo, e de novo, e de novo... "
[...]
"O que é pior, novas feridas que são horrivelmente dolorosas ou velhas feridas que deviam ter sarado anos atrás mas nunca o fizeram? Talvez velhas feridas nos ensinem algo. Elas nos lembram onde estivemos e o que superamos. Nos ensinam lições sobre o que evitar no futuro. É como gostamos de pensar. Mas não é o que acontece, é? Algumas coisas nós apenas temos que aprender de novo, e de novo, e de novo... "
Sunday, February 22, 2009
José Saramago responde a Juan Arias:
"— Nunca lhe aconteceu de parar e pensar que afirmou algo que podia ser o contrário?
—Digo-o de outra forma: há que se parar e perguntar-se o que se está a dizer. Se o fizermos, veremos que não temos outro remédio se não analisar o que se diz, e então percebemos que às vezes dizemos coisas que não têm o menor sentido.
— Ou que às vezes o dizemos porque outros o disseram, sem refletir sobre isso.
—É, e repetimos coisas que de uma forma passiva se instilaram dentro de nós e nos impregnaram. Estou a dizer coisas que não saõ minhas. Certo, mas, na verdade, que coisas são minhas? Por isso digo que somos feitos de papel. O que é verdadeiramente nosso? Muito pouco, quase nada. Talvez todos sejamos os outros.
—É o que dizia Leonardo Sciascia, nosso querido amigo e escritor siciliano, já falecido: no fundo nunca se escreve nada de novo, mas se reescreve.
— O que não sabemos é desde quando. Realmente, das frases dos literatos se aprende muito. Diante dessa frase de Sciascia, um escritor que sempre admirei muitíssimo, surge-nos a questão: e desde quando nos reescrevemos? Porque deve ter havido um momento em que tudo era novo, e depois disso nada mais é novo, estamos a repetir tudo. Nunca sabemos quando o novo principia."
in: José Saramago: o amor possível. Juan Arias. Ed. Manati.
"— Nunca lhe aconteceu de parar e pensar que afirmou algo que podia ser o contrário?
—Digo-o de outra forma: há que se parar e perguntar-se o que se está a dizer. Se o fizermos, veremos que não temos outro remédio se não analisar o que se diz, e então percebemos que às vezes dizemos coisas que não têm o menor sentido.
— Ou que às vezes o dizemos porque outros o disseram, sem refletir sobre isso.
—É, e repetimos coisas que de uma forma passiva se instilaram dentro de nós e nos impregnaram. Estou a dizer coisas que não saõ minhas. Certo, mas, na verdade, que coisas são minhas? Por isso digo que somos feitos de papel. O que é verdadeiramente nosso? Muito pouco, quase nada. Talvez todos sejamos os outros.
—É o que dizia Leonardo Sciascia, nosso querido amigo e escritor siciliano, já falecido: no fundo nunca se escreve nada de novo, mas se reescreve.
— O que não sabemos é desde quando. Realmente, das frases dos literatos se aprende muito. Diante dessa frase de Sciascia, um escritor que sempre admirei muitíssimo, surge-nos a questão: e desde quando nos reescrevemos? Porque deve ter havido um momento em que tudo era novo, e depois disso nada mais é novo, estamos a repetir tudo. Nunca sabemos quando o novo principia."
in: José Saramago: o amor possível. Juan Arias. Ed. Manati.
* * *
Agora fiquei em crise existencial. Não sei se prefiro ser origami ou omikuji. :D
Monday, February 02, 2009
Black on black
(Heart)
Daddys little soldier boyMamas little pride and joy
Both hands on her apron strings
Dont you touch that dirty thing
A warning signal from above
Inspection with a clean white glove
They say that opposites attract like right and wrong
Black on black
Like pleasure and a little pain
The sacred and profane
Ice and fire counteract like black on black
The oldest story known to man
The willing sacrificial lamb
Behind the light a shadow falls
The code of silence shakes the walls
A whisper to a silent scream
The power is so frightening
They say that opposites attract like right and wrong
Black on black
Like pleasure and a little pain
The sacred and profane
Ice and fire counteract just like black on black
A warning signal from above
Inspection with a clean white glove
They say that opposites attract like right and wrong
Black on black
Some things seem so sacred
Like a loaded question the power of suggestion
Like the face of danger the kindness of a stranger
Like a judas kiss like pleasure and a little pain
Immaculate seduction absolute corruption
Ice and fire counteract no turning back like black on black
Black on black.
Black on black
Like pleasure and a little pain
The sacred and profane
Ice and fire counteract like black on black
Like pleasure and a little pain
The sacred and profane
Ice and fire counteract just like black on black
Black
A little pain
Just like black on black
Black
Black on black
Black on black
Black on black
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