Thursday, November 30, 2006
Xeque
Cabisbaixo, vem andando pela rua. Meio sôfrego, meio em desalento. Apenas um miserável vulto branco a tropeçar pelo caminho que vai traçando na hora. Anda e para.
Para e senta-se no chão.
Ele sabe onde está. Olha em volta. O chão branco traça os limites de seu espaço com contornos pretos e bruscos. É o que o impede de ir mais além. Não tem coragem de pisar em solo negro.
Com um soluço abafado, engole as lágrimas e deita-se no chão branco, misturando-se na ausência de cor. Ausência de cor. Refração da luz. Refração do mundo. Quem é aquele vulto branco?
No momento, somente mais uma peça de um jogo enorme. Um peão pequeno e insignificante que não pode mover-se de seu quadrado enquanto seu adversário não fizer o próximo lance. Ali era só uma peça de plástico que reflete aquilo que o mundo tem de bom, e, misteriosamente, permanece intocado. Sufocado pelos limiares negros que o rodeiam. Que absorvem o mundo.
Tem muita gente assim, reflete.
Encolhido, deixa escapar uma lágrima. Com ela, vêm muitas mais. Secando-as com a manga branca do macacão branco, soergue a cabeça e procura o adversário.
Ironia!
Quem é aquela bela peça vermelha que reluta em dar o próximo passo? É ela. Inimiga e amada, Colombina bela e senhora de si (ou assim acha ela). Colorida, também refrata na brancura do peão. Uma rainha.
Que rainha olharia um peão?
Majestosa, pisa em solo negro e fecha o lindo semblante. Com uma expressão dura, olha na direção do vulto branco e encolhido.
Xeque.
Pierrot.
Wednesday, November 29, 2006
Reflexões de uma mulher-capacho
Mulher é um bichinho bobo mesmo.
O homem trata mal, dá aquelas patadas fenomenais e a boba continua atrás.
Tá que uma patada ou outra são toleráveis, mas quem não quer ser bem tratada?
Quem não quer carinho?
Se ainda fosse por falta de opção, dava até pra entender, mas nem é isso.
É porque gosta de ser pisada mesmo.
E o paradoxo disso tudo é que a mulher sofre como um cão quando é pisada; parte-lhe o coração.
Mas ela larga do pé dele? De jeito nenhum.
Antes mal acompanhada que só.
Ai, vai entender a cabeça das mulheres!
Não entendo nem a minha!
Tô que nem as mulheres do Nelson Rodrigues, apanhando e gostando.
Logo eu que me dizia feminista.
Ah, homens...
Ruim com eles, pior sem eles!
Costumava dizer que os homens são todos palhaços, mas tô percebendo que as estrelas do picadeiro somos nós, mulheres.
Tá difícil essa vida, viu.
Monday, November 27, 2006
THE NERD? GEEK? OR DORK? TEST
A Nerd is someone who is passionate about learning/being smart/academia.
A Geek is someone who is passionate about some particular area or subject, often an obscure or difficult one.
A Dork is someone who has difficulty with common social expectations/interactions.
You scored better than half in Nerd, earning you the title of:
Pure Nerd.
The times, they are a-changing. It used to be that being exceptionally smart led to being unpopular, which would ultimately lead to picking up all of the traits and tendences associated with the "dork." No-longer. Being smart isn't as socially crippling as it once was, and even more so as you get older: eventually being a Pure Nerd will likely be replaced with the following label: Purely Successful.
Congratulations!
Thanks Again! -- THE NERD? GEEK? ORDORK? TEST
Link: The Nerd? Geek? or Dork? Test written by donathos on OkCupid Free Online Dating, home of the The Dating Persona Test |
Saturday, November 25, 2006
E O Mundo Não Se Acabou
Anunciaram e garantiram que o mundo ia se acabar
Por causa disso, minha gente lá de casa, começou a rezar
E até disseram que o sol ia nascer antes da madrugada
Por causa disso nessa noite, lá no morro, não se fez batucada
Acreditei nessa conversa mole
Pensei que o mundo ia se acabar
E fui tratando de me despedir
E sem demora fui tratando de aproveitar
Beijei a boca de quem não devia
Peguei na mão de quem não conhecia
Dancei um samba em traje de maiô
E o tal do mundo não se acabou
Anunciaram e garantiram que o mundo ia se acabar
Por causa disso, minha gente lá de casa, começou a rezar
E até disseram que o sol ia nascer antes da madrugada
Por causa disso nessa noite, lá no morro, não se fez batucada
Chamei um gajo com quem não me dava
E perdoei a sua ingratidão
E festejando o acontecimento
Gastei com ele mais de um quinhentão
Agora eu soube, que o gajo anda
Dizendo coisa que não se passou
E, vai ter barulho, e vai ter confusão
Porque o mundo não se acabou
Anunciaram e garantiram que o mundo ia se acabar
Por causa disso, minha gente lá de casa, começou a rezar
E até disseram que o sol ia nascer antes da madrugada
Por causa disso nessa noite, lá no morro, não se fez batucada
Acreditei nessa conversa mole
Pensei que o mundo ia se acabar
E fui tratando de me despedir
E sem demora fui tratando de aproveitar
Beijei a boca de quem não devia
Peguei na mão de quem não conhecia
Dancei um samba em traje de maiô
E o tal do mundo não se acabou
Anunciaram e garantiram que o mundo ia se acabar
Friday, November 24, 2006
Thursday, November 23, 2006
Perfect Strangers
(Deep Purple)
Can you remember remember my name
As I flow through your life
A thousand oceans I have flown
And cold spirits of ice
All my life
I am the echo of your past
I am returning the echo of a point in time
Distant faces shine
A thousand warriors I have known
And laughing as the spirits appear
All your life
Shadows of another day
And if you hear me talking on the wind
Youve got to understand
We must remain
Perfect strangers
I know I must remain inside this silent well of sorrow
A strand of silver hanging through the sky
Touching more than you see
The voice of ages in your mind
Is aching with the dead of the night
Precious life (your tears are lost in
Falling rain)
And if you hear me talking on the wind
Youve got to understand
We must remain
Perfect strangers
Tuesday, November 21, 2006
Monday, November 20, 2006
Sunday, November 19, 2006
Saturday, November 18, 2006
A beesha burra e a beesha hiperativa
Mas eu não queria escrever um post sobre o filme, queria falar da situação. Não vou ficar repetindo aqui a minha indignação com relação às pessoas que acham que estão na sala de casa quando vão ao cinema. No post do 'Volta Lanterninha!' eu já deixei isso explícito.
E parece que quanto mais eu rezo mais assombração me aparece.
Estava eu, sentadinha na minha poltrona super confortável e reclinável do Cinemark já assistindo ao trailer quando um casalzinho pede licença pra passar e senta do meu lado. Até aí tolerável; pelo menos o filme não tinha começado ainda, não chegou a incomodar. Ainda. A beesha que sentou do meu lado se movia pra frente e pra trás, de um lado para o outro, esticava as pernas, batia o pé no chão e roía as unhas freneticamente o filme inteiro. A outra beesha não entendeu bulhufas do filme e ficava fazendo perguntas o tempo todo e, claro, era prontamente respondido pelo namorado. Era cada pergunta mais idiota que a outra. Eu sibilava, bufava, batia o pé no chão e nada do casal calar a boca ou ficar quieto. Tive vontade de perguntar quanto eles iam cobrar pelo serviço, já que não estava claro na bilheteria que o filme seria comentado. Mas me contive. Sei lá, deve ser meu bom humor. Saí do cinema rindo, porque as duas beeshas continuavam discutindo o filme, e nenhuma das duas entendeu nada.
Se as pessoas continuarem com essa imensa e incômoda falta de educação nos cinemas eu vou acabar tendo que esperar os filmes saírem nas locadoras pra assistir. A qualidade do som e do vídeo no cinema já não compensa mais a minha paciência perdida.
Friday, November 17, 2006
PROBABLY BUILT IN THE FIFTIES
(The Gathering)
I might be moving to the east
to part my ways
And I will try to get something
I don`t have yet
If I do, I will look at it
for days and days
Untill I will never forget
I have heard this mental search
has made them all
take a look along the border
Having the urge
For their minds
to be lifted
to something new
I`m running to meet
my higher self
I trust the speed
Untill I have no need
to run anymore
Miles and miles I run
I hear my feet
And I hear myself breathe
heavily
I trust the speed
Untill I have no need
To run anymore
Miles and miles I run
Thursday, November 16, 2006
hohoho!
Wednesday, November 15, 2006
GATAS
Sunday, November 12, 2006
Duas observações sobre TV
2ª - Quando o eliminado do programa O Aprendiz com o Donald Trump de hoje, o Marcus, foi entrar no taxi, fui só eu quem viu a indireta diretíssima da propaganda do Yahoo Hot Jobs colada no teto do carro?
P.S.: E não é que já tem gente imitando a propaganda do Mercado Livre? êta povo a toa!
Aqui um,
dois,
três,
quatro,
cinco.
Depois do quinto eu cansei de procurar.
Friday, November 10, 2006
OBA!
Thursday, November 09, 2006
Wednesday, November 08, 2006
Think of me
when we've said goodbye.
Remember me once in a while -
please promise me you'll try.
When you find that, once
again, you long to take your heart back and be free -
if you ever find a moment
spare a thought for me ...
We never said our love was evergreen,
Or as unchanging as the sea -
But if you can still remember,
Stop and think of me ...
Think of all the things
We've shared and seen -
Don't think about the ways things might have been ...
Think of me, think of me waking silent and resigned
Imagine me, trying too hard to put you from my mind
Recall those days, look back on all those times
Thinks of the things, we'll never do
There will never be a day, when I won't think of you
Flower fade, the fruit of summer fade
They have the season so do we
But please promise me that sometimes
You will think of me!
aiai..
o tempo passa rápido demais, credo.
e é crueeeeeeeel mwahahahahah
P.S.: você ACHA que eu ia colocar foto velha aqui, né? vai achando.
Tuesday, November 07, 2006
Monday, November 06, 2006
War of the Worlds
I am what I am
Sunday, November 05, 2006
You're so vain
You walked into the party
Like you were walking onto a yacht
Your hat strategically dipped below one eye
Your scarf it was apricot
You had one eye in the mirror
As you watched yourself gavotte
And all the girls dreamed that they'd be your partner
They'd be your partner, and
You're so vain
You probably think this song is about you
You're so vain
I'll bet you think this song is about you
Don't you? Don't you?
You had me several years ago
When I was still quite naive
Well, you said that we made such a pretty pair
And that you would never leave
But you gave away the things you loved
And one of them was me
I had some dreams they were clouds in my coffee
Clouds in my coffee, and
You're so vain
You probably think this song is about you
You're so vain
I'll bet you think this song is about you
Don't you? Don't you?
I had some dreams they were clouds in my coffee
Clouds in my coffee, and
You're so vain
You probably think this song is about you
You're so vain
I'll bet you think this song is about you
Don't you? Don't you?
Well, I hear you went up to Saratoga
And your horse naturally won
Then you flew your Lear jet up to Nova Scotia
To see the total eclipse of the sun
Well, you're where you should be all the time
And when you're not, you're with
Some underworld spy or the wife of a close friend
Wife of a close friend, and
You're so vain
You probably think this song is about you
You're so vain
I'll bet you think this song is about you
Don't you? Don't you?
* * *
Sandra Rosa Madalena
Sidney Magal
Quero vê-la sorrir
Quero vê-la cantar
Quero ver o seu corpo dançar sem parar
Quero vê-la sorrir
Quero vê-la cantar
Quero ver o seu corpo dançar sem parar
Ela é bonita seus cabelos muito negros
E o seu corpo faz meu corpo delirar
O seu olhar desperta em mim uma vontade
de enlouquecer de me perder de me entregar
Quando ela dança todo mundo se agita
E o povo grita o seu nome sem parar
É a cigana Sandra Rosa Madalena
É a mulher com quem eu vivo a sonhar
Quero vê-la sorrir
Quero vê-la canta
Quero ver o seu corpo dançar sem parar
Quero vê-la sorrir
Quero vê-la cantar
Quero ver o seu corpo dançar sem parar
Dentro de mim mantenho acesa uma chama
Que se inflama se ela está perto de mim
Queria ser todas as coisas que ela gosta
Queria ser o seu princípio e ser seu fim
Quando ela dança todo mundo se agita
E o povo grita o seu nome sem parar
É a cigana Sandra Rosa Madalena
É a mulher com quem eu vivo a sonhar
Friday, November 03, 2006
Haigatos
Thursday, November 02, 2006
Wednesday, November 01, 2006
eu nao regulo bem.
The Wind
(Cat Stevens)
I listen to the wind
To the wind of my soul
Where I'll end up well I think,
Only God really knows
I've sat upon the setting sun
But never, never never never
I never wanted water once
No, never, never, never
I listen to my words but
They fall far below
I let my music take me where
My heart wants to go
I swam upon the devil's lake
But never, never never never
I'll never make the same mistake
No, never, never, never
* * *