Tem dias como hoje, que bate uma saudade de... ficar bêbada pra caray.
É estranho admitir isso, já que tem bebida em tudo quanto é canto, inclusive aqui em casa.
Lucky Strike amarelo na mão, dançadinha no meio do quarto e das boates e a lembrança de quanto eu era praticamente a Cristiane F, que chegava em casa sem saber como e contava os membros pra saber se estavam todos nos seus lugares exatos.
Eu fiz uma escolha, não parei de beber, mas não tinha condições de manter "aquela vida" de começar a beber sexta e parar no domingo. De entrar em uma boate cheia de puta e me divertir porque tinha bebida liberada, de ir fechando os bares e amanhecer na padaria.
Somente os drogados e bêbados entenderão o que é uma repentina saudade de viver na merda.
É a carência coberta.
Não troco minha vida de hoje por essa, que hoje parece tãooo antiga, não troco nem um grão, sei de tudo que me faltava e que tenho hoje. Sei da satisfação que me dá tudo o que tenho, de todas as coisas que não podia fazer porque sempre faltava dinheiro.
É não ter onde se esconder quando sente falta de alguém, de ter que encarar, de ser só e somente você, seus pensamentos e sua vida. Sem álcool, sem esconderijo secreto.
Quando senti falta mais cedo, era exatamente disso que sentia falta, de poder me esconder em qualquer copo, de ficar tão doida que esqueceria do meu nome e de qualquer pessoa, naquele lugar escondido da cabeça que você não consegue e nem precisa pensar em mais nada. A não ser na satisfação de ser uma pessoa vazia, sem anseios, sem saudade, sem ambição, de não ser nada pra ninguém, nem pra si. De ser uma folha ao vento, nem que fosse por algumas horas. É acessar aquele resquício de vida sem responsabilidade, de sair correndo pro nada e querer lá ficar.
Mas eu não posso ficar lá, porque lá não tem nada, e sei disso.
Por isso vou voltar pra minha vida, a vida que escolhi, porque se eu pensar bem, não preciso fugir nada, tudo se encaixa.
É estranho admitir isso, já que tem bebida em tudo quanto é canto, inclusive aqui em casa.
Lucky Strike amarelo na mão, dançadinha no meio do quarto e das boates e a lembrança de quanto eu era praticamente a Cristiane F, que chegava em casa sem saber como e contava os membros pra saber se estavam todos nos seus lugares exatos.
Eu fiz uma escolha, não parei de beber, mas não tinha condições de manter "aquela vida" de começar a beber sexta e parar no domingo. De entrar em uma boate cheia de puta e me divertir porque tinha bebida liberada, de ir fechando os bares e amanhecer na padaria.
Somente os drogados e bêbados entenderão o que é uma repentina saudade de viver na merda.
É a carência coberta.
Não troco minha vida de hoje por essa, que hoje parece tãooo antiga, não troco nem um grão, sei de tudo que me faltava e que tenho hoje. Sei da satisfação que me dá tudo o que tenho, de todas as coisas que não podia fazer porque sempre faltava dinheiro.
É não ter onde se esconder quando sente falta de alguém, de ter que encarar, de ser só e somente você, seus pensamentos e sua vida. Sem álcool, sem esconderijo secreto.
Quando senti falta mais cedo, era exatamente disso que sentia falta, de poder me esconder em qualquer copo, de ficar tão doida que esqueceria do meu nome e de qualquer pessoa, naquele lugar escondido da cabeça que você não consegue e nem precisa pensar em mais nada. A não ser na satisfação de ser uma pessoa vazia, sem anseios, sem saudade, sem ambição, de não ser nada pra ninguém, nem pra si. De ser uma folha ao vento, nem que fosse por algumas horas. É acessar aquele resquício de vida sem responsabilidade, de sair correndo pro nada e querer lá ficar.
Mas eu não posso ficar lá, porque lá não tem nada, e sei disso.
Por isso vou voltar pra minha vida, a vida que escolhi, porque se eu pensar bem, não preciso fugir nada, tudo se encaixa.
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