Sunday, January 31, 2010
Saturday, January 30, 2010
Bukowski
Friday, January 29, 2010
Thursday, January 07, 2010
Wednesday, January 06, 2010
Pateta Circunstancial
Mas hoje me sinto uma pateta
Acordei pensando em rimas
Como se fosse um poeta
Peço aqueles que me lêem,
Algo em meu benefício
Que faço, meus caros colegas
Prá me livrar deste vício?
Tuesday, January 05, 2010
Sunday, January 03, 2010
Insomnia
I scratch an itch that isn’t there
I toss and turn and pull my hair
I feel the madness creeping near,
My mind is chasing my heart is racing
I close my eyes in search of darkness,
Please take me now and pull me under.
My limbs are heavy, I want to cry
As I see the sun lighting the sky.
Another night, another day
It doesn’t matter they’re all the same.
But I will try again tonight
To chase the darkness of the night
To embrace the sleep that seldom comes
For fear of the madness, caused in its absence.
Saturday, January 02, 2010
Casamento Silencioso
Há filmes que merecem ser assistidos por causa de apenas uma cena. Casamento Silencioso é um deles. Os 87 minutos de filme são instigantes, mas uma sequência em particular torna o longa romeno muito mais que um bom filme.
Esta sequência é a que justifica o título em português do filme. Num vilarejo, Nara (Meda Andreea Victor), a inocênte, e Iancu (Alexandru Potocean), o conquistador, acabam de oficializar o casamento. Grigore (Valentin Teodosiu), o pai da garota, prepara a festa. Quando todos estão prontos para comemorar, um oficial russo aparece repentinamente e proíbe a realização da celebração. Por que? Era 5 de março de 1953, data da morte de Stálin, então líder da União Soviética (que comandou a Romênia da Segunda Guerra Mundial até a Queda do Muro de Berlim).
Contar o que acontece nas sequências seguintes seria um sacrilégio, tirar doce da boca da criança. Porém, não seria exagero afirmar que esse trecho é um dos mais bonitos da história do cinema. Justifica a existência de um filme e se constitui como mais uma produção a reafirmar a inventividade do cinema romeno, exibida aos brasileiros nos recentes A Leste de Bucareste, Como Festejei o Fim do Mundo e 4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias.
Casamento Silencioso usa a comédia e a ironia como metáfora da sensação de prisão. A cena de celebração do casamento é cômica e triste, ao mesmo tempo. Representa, sem precisar falar, a sensação do diretor Honoratiu Malaele: fomos silenciados! Em uma sequência, expressa isso com tanta força que nos sentimos romenos entre meados dos anos 40 e final dos anos 80, período em que tudo na Romênia passava pelo crivo soviético.
Metafórico, o filme recorre ao absurdo para construir trechos em que o espectador, estarrecido, vai dizer: “oi?”. O estranhamento permeia diálogos e personagens, alguns sem pé nem cabeça. Mas Malaele, em sua estreia como diretor de cinema, busca ser compreendido e usa um gênero de fácil digestão, a comédia, para tratar de um tema nem um pouco digerível, a impossibilidade de falar e como reagimos à falta de liberdade. Casamento Silencioso é inspirador e instigante. Um filme único.