Wednesday, October 08, 2008

Priscas Epopéias


(Voltando então às nossas epopéias, já que nesse blog não se publica nada de interessante faz tempo.)

Sexta à noite um irmão do meu avô morreu, o enterro foi no sábado pela manhã. Acordei 7:30 (extraordinááááááário feito) para tomar conta do vovô, já que ele anda de andador e não pode ficar subindo e descendo cemitério (aliás, esse povo podia disponibilizar uns carrinhos de golfe pra nóis, hein? Nesse calor desgraçado sair subindo morro é foda). Só que o coitadinho acordou lá pras 11 horas, e eu fiquei cuidando da gata mesmo. No domingo eu já tava muito cansada, porque tinha dormido mal na sexta, e meu pai veio me acordar:
- Levanta filha, que já tá na hora!
- Não, pai, eu num gosto de enterro não!
Só que ele tava me acordando pra votar, né? :P
Votei, voltei pra casa, almocei. Tinha combinado de ir tomar um sorvete na no McDonald's com a Luiza (ô coisa de pobre), então fui pra lá umas 4 da tarde com um sol de rachar coquinho. Ela resolveu tomar um milkshake e eu uma casquinha mesmo, porque eu sou a mais pobre de nós duas, o problema é que eu tinha que comprar o meu do lado de fora da loja e ela tinha que comprar o dela do lado de dentro. A logística do McDonald's é uma MA RA VI LHA. Então eu esperei sentada na mesinha do lado de fora ela fazer sua compra primeiro. Milkshake de côco e batatas fritas. Ótima combinação. Como todo lugar aqui em Belo Horizonte, seja no sinal ou sentada no banco da praça, sempre vem alguém te pedir alguma coisa.
- Dá uma pratinha?
-Dá uma batata?
-Dá o seu refrigerante?
-Compra uma casquinha pra mim?
-Ôpa, péraê! Eu mal tenho dinheiro pra comprar a MINHA casquinha, quando mais a sua!
- Então me dá uma pratinha.
-NÃO!
Terminamos de tomar sorvete/comer batatas/tomar milkshake de côco e resolvemos ir para o outro lado da praça, onde tem os bancos e nessa hora não tinha gente. Sentamos e começamos a cacarejar. De repente eis que aparece um senhor barbado, beeem sujinho, mas sem nenhuma roupa rasgada, até de boa aparência. Se senta no banco atrás da gente, coloca suas caixas de papelão num canto, tira um sapato, põe debaixo da caixa. Tira outro sapato e também põe debaixo da caixa. Acende um cigarro e deita com a cabeça na caixa. Interessante, não?
Cai então um pingo nas minhas costas (eu tava de camiseta de alcinha). Aleluia vai chover!
Não, era cocô de passarinho. Fui cagada mesmo!
eca eca eca limpa limpa limpa
Arranjei um pedaço de jornal e limpei.
E Luiza, chorando de rir, vem me contar de um filme que ela viu faz um tempo, Sob o Sol de Toscana, sobre uma mulher que decide comprar uma casa na Toscana (dã), só que a véia, dona da casa, não quer vender pra ela de jeito nenhum, disse que ia vender prum casal de franceses que até pagaria mais, e sei lá mais o quê. Só que passa um passarinho e mira sua bazuca anal bem na mulher. Aí a véia ficou doida, falou que ia vender pra ela na hora, porque quando um passarinho caga na gente é sinal de sorte.
Então tá, sinal de sorte.
Ainda tô esperando o meu até hoje.

2 comments:

LuAndrade said...

Comentário 1: poh, vc deixou de fora a fila prá pagar/fila prá entrar!

Comentário 2: poh, vc deixou de fora o carinha q pediu pela segunda vez uma casquinha!

Comentário 3: poh, vc deixou de fora o cara que, sem nem pedir nada, pega o copo de cima da bandeja q vc tava carregando!

Comentário 4: comédia romântica é batata! Tudo o que eles falam dá certo! Haja vista a história do cocô de passarinho e da sorte! Só que, às vezes, o efeito é retardado! Mas não falha! ;)

Lady said...

aaaahh.. eu fui escrevertresdias depois, ce quer o que? detalhes minuciosos, Lu? eu mal me lembro do que eu comi ontem!